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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Exercício V – Composição Fotográfica


Olá, amigos!
No exercício de hoje vamos mostrar como o posicionamento da câmera e do fotógrafo influenciam no significado da imagem.
Tivemos uma aula muito legal e cheia de imagens inspiradoras antes de tirar as fotos, mas a “pró” exigiu que fizéssemos apenas enquadramentos fechados. Foi bem complicado, mas...

DESAFIO ACEITO!

As imagens foram feitas com uma câmera NIKON D70, sem uso do flash, apenas controlando a abertura do diafragma e a velocidade do obturador, numa tarde chuvosa durante a greve dos professores, pelas ruas de Cachoeira, no Banco e no Supermercado.


Imagem 01 - Regra dos Terços 

Essa regra é utilizada quando há muitos elementos na foto e todos precisam ser apreciados. No caso dessa imagem feita em Primeiro Plano (PP), Kelvin foi posicionado a esquerda no alto da ladeira próxima a Igreja N. Sra. da Conceição do Monte, assim podemos admirar a paisagem ao fundo. 


Imagem 02 - Centralizada

Nessa imagem em Close Up, Jamile e o creme dental foram centralizados, recebendo destaque na imagem. A marca Close Up foi utilizada de propósito para enfatizar o enquadramento da foto. ;-)


 Imagem 03 - Plongé

O termo francês “Plongée” significa mergulhar. Levando ao pé da letra, lembramos que o mergulhador tem uma vista de cima para baixo. Na fotografia chamamos de “plongê” o ângulo onde a câmera observa de cima para baixo, dando a impressão de inferioridade e diminuição do objeto fotografado. Na foto acima em Primeiro Plano (PP), Kelvin estava abaixado e Jamile fotografou do alto da escada do Banco. Lembrando o exercício de conotação, a imagem passa a impressão de que ele está com medo. A imagem abaixo mostra o motivo... =D



  Imagem 04 - Contra-Plongé 

 Contra-Plongé é o contrário do plongé, ou seja, o objeto é fotografado de baixo para cima, engrandecendo ele e gerando uma sensação de grandiosidade e superioridade. A imagem em Primeiro Plano (PP) é conotativa a reclamação e como foi citado na foto anterior, Jamile está brigando com Kelvin, rs! =)


   Imagem 05 - "Saindo da Foto" 

Neste enquadramento, a posição da pessoa fotografada define seu comportamento perante a foto. No exemplo, a imagem em Primeiro Plano (PP) foi feita em Contra-Plongé e Jamile está direcionada para o canto esquerdo, fugindo dos limites da foto e dando a sensação de estar saindo da imagem. 


E isso é tudo, pessoal!

P.S. O agradecimento dessa vez vai para Caik Yoshihiro que nos ajudou como assistente. Valeu, Sashimiro! =D

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Exercício IV - Velocidade e Abertura

Olá, caros leitores que acompanham este blog!
Como têm passado, presente e futuro?

Hoje apresentaremos um exercício muito bacana e divertido no que tange ao universo fotográfico:
a "brincadeira" (séria!) com o uso da velocidade do obturador e a abertura do diafragma.

É necessário entender a relação direta entre essas duas funções de uma câmera fotográfica para que se obtenha o efeito desejado, por exemplo, em uma foto onde o movimento precisa ser congelado sem que haja um borrão.
Tomemos por exemplo a imagem a seguir:

Imagem 01 - Movimento Congelado


Câmera: NIKON D7000
f 7.1 - 1/1250 s - ISO 800
Velocidade do obturador alta e uma pequena abertura do diafragma: movimento congelado.

Com uma velocidade muito menor (maior tempo para a captura da imagem) e uma abertura também menor que a da imagem acima, temos o efeito a seguir:

Imagem 02 - Movimento Borrado


Câmera: NIKON D700
f 22 - 1/13 s - ISO 100


Na imagem acima, o borrão do movimento é evidente. O motivo em movimento não é capturado de forma nítida e até mesmo o segundo plano sofre essa alteração.

Verifiquemos, pois, a captura de uma chama de fósforo no momento em que se acende um palito:

Imagem 03 - Movimento Congelado
 
Câmera: NIKON D700
f 4.5 - 1/500 s - ISO 6400


As quatro imagens da colagem acima têm as mesmas especificações. Notem que o ISO foi aumentado consideravelmente em relação às duas primeiras imagens exibidas neste post. Isso se deve ao fato do ambiente estar mal iluminado e a necessidade de se obter a devida nitidez e o congelamento dos movimentos da chama.

Agora, apresentaremos a grande sensação do momento: o light painting. Numa tradução livre, o termo significa "pintura com a luz". É isso mesmo, meus caros.
Para entender o light painting, tenhamos em mente o processo de construção da imagem.
A princípio, parece fácil. E, realmente, só parece.
Fizemos alguns experimentos, ajustando a relação entre a velocidade do obturador e o tempo de abertura do diafragma foto após foto, até chegar em algumas composições que serão mostradas a seguir:

Imagem 04 e 05 - Light Painting
 
Câmera: Sony DSC HX-1
f 5.6 - 20 s - ISO 400 

 
Câmera: NIKON D7000
f/14 - 15 s - ISO 200
 

 Extras 

E como foi uma tarefa com bastante liberdade de criação e produção, fizemos mais algumas imagens:

Câmera: SONY DSC-HX1
f 2.8 - 30 s - ISO 200

Câmera: SONY DSC-HX1
f 5.6 - 30 s - ISO 200



Conclusão:
É divertido, interessante e garante várias possibilidades de criação.
Fazer composições abstratas é mais fácil. No entanto, em se tratando de projetar e desenhar determinadas formas, deve-se ter maior atenção e, também, coordenação motora.

P.S. Gostaríamos de fazer um agradecimento a Luiz Henrique (irmão de Jamile) pelo apoio e ajuda na realização de parte do trabalho. Valeu, "amígosss"!

Câmera: NIKON D7000
f 14 - 10s - ISO 320


Até a próxima, pessoal! :-D

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Exercício III - Denotação e Conotação

A palavra ou a imagem tem valor referencial ou denotativo quando é tomada no seu sentido usual ou literal, isto é, naquele que lhe atribuem os dicionários; seu sentido é objetivo, explícito, constante. Ela designa ou denota determinado objeto, referindo-se à realidade palpável.
Além do sentido referencial, literal, cada palavra remete a inúmeros outros sentidos, virtuais, conotativos, que são apenas sugeridos, evocando outras idéias associadas, de ordem abstrata, subjetiva. 

Na imagem, o sentido conotativo está no significado subjetivo da cena.  Ocorre quando examinamos o quadro e interpretamos seu significado. O aspecto intelectual transforma todos os elementos de composição do aspecto estrutural e dá sentido a eles. Um gesto pode significar raiva, tristeza, desolação, etc. Uma expressão pode significar dor, alegria, uma textura pode significar queimado, molhado, etc. 

Abaixo, alguns exemplos de imagens e seus sentidos conotativo e denotativo.



Cena 01

 Elementos estruturais: 
Vários pratos de comida dispostos sobre a mesa, rapaz sentado na cadeira segurando talheres.

Elementos conceituais: 
Rapaz fotografado em enquadramento médio, sorrindo. Conotativa à satisfação de 
alimentar-se bem.


 Elementos estruturais: 
Um prato de comida disposto sobre a mesa, rapaz sentado na cadeira segurando talheres.

Elementos conceituais: 
Rapaz fotografado em enquadramento médio, olhando para o prato. Conotativa à satisfação de alimentar-se bem.


Cena 02

  Elementos estruturais: 
Moça sentada na cadeira com um livro aberto no colo, usando uma caneta para escrever no caderno sobre a superfície acoplada à cadeira.

Elementos conceituais: 
Moça fotografada em enquadramento médio, de feição séria. Conotativa ao cansaço devido ao excesso de estudos. 



Elementos estruturais: 
Moça sentada na cadeira, usando uma caneta para escrever no caderno sobre a 
superfície acoplada à cadeira.

Elementos conceituais: 
Moça fotografada em enquadramento médio, de feição séria. Conotativa ao cansaço devido ao excesso de estudos.